Thiago Juliani lança o novo álbum “Dois” e transita entre folk, rock e MPB

Redação 89

Thiago Juliani lança o novo álbum “Dois” e transita entre folk, rock e MPB imagem divulgação

O cantor e compositor Thiago Juliani lançou seu aguardado segundo álbum de estúdio, intitulado “Dois”, em todas as plataformas de música, pela Marã Música. O título do álbum reflete a continuidade e o amadurecimento artístico do cantor, que já acumula uma carreira sólida e elogiada desde o lançamento de seu primeiro EP solo, “A Estrada”, em 2016.

“Existe um primeiro, que é diferente, que foi pensado e veio ao mundo em outro momento da vida. A grande força de um álbum é a capacidade dele mostrar uma fotografia do momento em que vive o artista”, reflete Thiago, que transita por uma diversidade de ritmos e timbres, com influências que vão do folk ao rock, sem perder de vista suas raízes brasileiras.

Neste novo trabalho, Thiago traz toda a versatilidade que o define como músico. “Eu transito em ritmos diferentes, timbres diferentes, tem violão de nylon e percussão, em meio a canções de folk e rock, que é um terreno mais tranquilo de pisar. Na verdade, eu experimentei mais e me arrisquei mais em alguns aspectos”, comenta o artista, destacando que buscou expandir suas fronteiras criativas. A faixa “O Vento”, por exemplo, carrega uma atmosfera inspirada em Dorival Caymmi e suas raízes no violão clássico, um lado que reflete a formação musical de Thiago, que começou ainda criança.

Conhecido por sua habilidade com a guitarra, pela qual foi elogiado pela revista Guitar Player como um dos grandes guitarristas de sua geração, Thiago apresenta em “Dois” um trabalho que explora tanto o lado roqueiro quanto o mais introspectivo e brasileiro de sua musicalidade. “Existem faixas mais roqueiras, outras mais pop, outras mais brasileiras. É uma grande mistura… essa miscigenação é minha, é nossa”, reflete. Thiago, que já tocou em diversos palcos pelo Brasil e se apresentou em eventos de marcas renomadas como Iódice, Morena Rosa e Havaianas, acredita que essa pluralidade é o que mantém sua música sempre em movimento. “Eu prefiro ser uma metamorfose ambulante”, cita, lembrando a frase icônica de Raul Seixas.

A produção musical de “Dois” ficou a cargo do próprio Thiago, em parceria com o baterista Fred Calazans. “Compus umas trinta músicas e fui para o interior de Minas Gerais, no home studio do Frederico Calazans. Longe de SP, eu pude respirar melhor… o tempo é outro né?”, diz ele, revelando que o processo de gravação foi marcado por intensas horas de experimentação criativa. Do total de canções compostas, 10 foram escolhidas para integrar o álbum. “Um dos motivos maiores de ir para Minas foram as percussões, os tambores afro-brasileiros que eu tanto procurava para temperar minhas canções. O Paulão [Fonseca] colocou pra quebrar nos tambores! Você pode conferir na faixa que abre o disco, ‘Do Amor’.”

O primeiro clipe do álbum será lançado simultaneamente com o disco, para a faixa “A Melhor Coisa Que Eu Fiz”. Thiago conta que o solo de guitarra dessa música foi gravado de forma totalmente improvisada no segundo take, revelando o aspecto mais livre e espontâneo de sua produção. “O vídeo sou eu, a câmera, uma guitarra e muito coração”, resume o artista.

Thiago Juliani tem uma trajetória marcada pela pluralidade musical, unindo referências que vão desde a Tropicália e Clube da Esquina até o folk, blues e rock. Seu primeiro álbum, homônimo, lançado em 2020, foi um reflexo desse ecletismo. Nos anos seguintes, lançou o EP “Sorte Junto” (2021-2022), com apresentações em espaços como o Teatro da Rotina e no Festival de Pinheiros, além de shows pelo estado de São Paulo e no Paraná. Em 2024, firmou uma parceria especial com o renomado cantor e compositor Kiko Zambianchi, que produziu um dos singles de Thiago, consolidando sua posição como um dos artistas mais interessantes da cena musical atual.

Sobre o futuro, Thiago é claro: “Eu trabalho duro para as coisas acontecerem, procuro me reunir com os melhores músicos e assessorias que posso ter. Certamente quero ser reconhecido pelo que faço, pela força do meu trabalho, e isso acaba acontecendo de uma forma ou de outra. O lance mesmo é fazer e entregar a obra, e como disse um compositor e amigo meu, ‘seguir em frente, sem olhar pra trás’”.



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