Trump perde batalha judicial após usar “Electric Avenue” de Eddy Grant sem permissão
Donald Trump perdeu uma importante batalha legal sobre o uso não autorizado da música “Electric Avenue”, clássico dos anos 1980 de Eddy Grant. O ex-presidente dos Estados Unidos utilizou um clipe de 40 segundos da canção em um vídeo de sua campanha de 2020, que foi visualizado 13,7 milhões de vezes antes de ser retirado do Twitter (agora conhecido como X). De acordo com o Deadline.Com, um juiz federal em Manhattan decidiu que Trump violou os direitos autorais de Grant e agora deve arcar com os danos e honorários advocatícios do cantor.
A defesa de Trump alegou que o uso da música estava protegido pela doutrina de uso justo, que permite a utilização de materiais protegidos em circunstâncias limitadas. No entanto, o juiz John G. Koeltl rejeitou esse argumento, confirmando que a campanha de Trump infringiu os direitos autorais de Eddy Grant. O advogado do cantor, Brian D. Caplan, declarou que a decisão é um triunfo para artistas que buscam proteger suas criações do uso não autorizado.
Este caso não é um incidente isolado na carreira política de Trump. O ex-presidente já enfrentou outros processos semelhantes, incluindo uma ação movida recentemente pelo White Stripes pela utilização de “Seven Nation Army” sem permissão. Além disso, o espólio de Isaac Hayes entrou com uma ação de 3 milhões de dólares após mais de 130 usos não autorizados da música “Hold On, I’m Coming” em eventos de campanha.
Artistas de renome global, como ABBA, Foo Fighters, Beyoncé, Celine Dion, Neil Young, The Rolling Stones, Queen e The Animals, também expressaram publicamente sua insatisfação com o uso indevido de suas músicas por Trump, refletindo uma crescente resistência entre músicos contra o uso não autorizado de suas criações em campanhas políticas.