“Não dá para ter inteligência artificial no palco”, diz baixista do Judas Priest
Ian Hill, baixista do Judas Priest, abordou a questão da inteligência artificial no heavy metal numa entrevista ao site Radiocast da Bulgária. Questionado sobre como ele acha que a comunidade do metal pode combater os efeitos negativos da IA na música, respondeu: “Se algo foi montado [artificialmente], eles não vão conseguir tocar os instrumentos… E você saberia. Eu saberia se algo foi montado” (via Blabbermouth).
Hill deixa claro que a IA pode ser facilmente identificada: “Até mesmo em músicas pop você fica pensando: ‘Isso não é um baixo. Algum cara está tocando isso em um teclado’. Você sabe disso. Pode enganar apenas parte do público”. Ele continuou: “Eu só acho que a inteligência artificial não pode realmente performar ao vivo… A IA não consegue fazer isso. Não dá para ter inteligência artificial no palco. Isso não vai funcionar”.
Para o baixista, a nova tecnologia no metal pode dar certo até certo ponto: “Do ponto de vista de gravação, sim, eles podem enganar as pessoas. Podem enganar um monte de gente. Mas, na verdade, quando eles dizem que há uma banda tocando ao vivo, esse vai ser o grande teste, não é? Realmente, não consigo ver isso, a menos que sejam todos hologramas lá em cima”.
Ele finalizou com um exemplo: “O ABBA acabou de fazer isso [show de hologramas], não é mesmo? Mas é algo anunciado. Você sabe que não é o ABBA, é uma enganação. E será na performance ao vivo [da IA no metal] que vai ocorrer a avaliação crítica”.