Uma Jornada Musical pelo Cotidiano Contemporâneo com “Heróis da Rua de Baixo ou Desculpa pelo Rock”
Por Leandro Alsaro
Os Heróis da Rua de Baixo retornam após dois anos de pausa com o lançamento do álbum “Heróis da Rua de Baixo ou Desculpa pelo Rock”, marcando não apenas o reencontro da banda, mas também uma redefinição de sua sonoridade e identidade.
Originalmente concebido como dois EPs separados, o projeto evoluiu para um único disco que captura os diálogos políticos e românticos do grupo, refletindo o caos do dia-a-dia. “Heróis da Rua de Baixo ou Desculpa pelo Rock” transita por uma variedade de gêneros musicais, fundindo rock – do emo ao metal, do punk ao ska – com influências de jazz, rap, ritmos latinos e música brasileira, em uma expressão vibrante.
“Chamamos o que fazemos de ‘indie rock pressão alta’, onde o fio condutor talvez seja nossa forma de compor, uma poesia que lembra crônica, trazendo seriedade mas também não se levando muito a sério”, explicam os membros da banda.
O nome do álbum reflete o humor característico do grupo e faz uma homenagem ao clássico “Os Mutantes ou Ando Meio Desligado”, combinando o nome da banda com uma reafirmação de sua essência roqueira. O retorno dos Heróis começou com o vocalista Vinicius Marciano, inspirado pelo livro “O Caminho do Artista”, convocando os demais membros para se reunirem novamente. Com a entrada de novos membros, como Caê Zamariola, Dominique Aires e Lucas Chain, a banda se sentiu completa.
Deixando para trás estereótipos ultrapassados, os Heróis usam a linguagem musical como uma ferramenta para discutir o cotidiano, o trabalho, a desigualdade, a revolta e, é claro, o amor. O processo de gravação no Estúdio Sinestesia foi uma jornada de descobertas e experimentações, guiada por Gabriel Assad, diretor do local.
Entre as 9 faixas do álbum, destacam-se participações especiais, como Bel Aurora em “Distante” e Luka Barone em “São Paulo, Selva de Rock”. A arte da capa, feita por Caê Zamariola, e a diagramação por Bárbara Catta, trazem referências de mangás e quadrinhos, além da obra “Criação de Adão”, de Michelangelo, explorando a ambiguidade entre criador e criatura.
O lançamento de “Heróis da Rua de Baixo ou Desculpa pelo Rock” é acompanhado por uma série de eventos, incluindo apresentações ao vivo e merchandising exclusivo.