O CPM 22 lançou nesta sexta-feira (03) via Ditto Music “Enfrente”, primeiro álbum de estúdio desde “Suor e Sacrifício”, de 2017.
O oitavo disco de estúdio apresenta 14 faixas inéditas e autorais que refletem a sonoridade e influências que em quase 30 anos de carreira tornaram o CPM 22 uma referência no rock nacional.
Produzido por Luciano Garcia e Ali Zaher Jr., o álbum conta com participações de Pedro Pelotas (Cachorro Grande e Samuel Rosa) nos teclados, sintetizadores, piano e órgão Hammond e de Fernando Lamb, da banda Não Há Mais Volta.
“Enfrente” foi antecipado pelo lançamento dos singles “Mágoas Passadas”, que ganhou videoclipe dirigido por Rodrigo Giannetto, “Dono da Verdade”, “Alívio Imediato” e “Covarde Digital”.
As faixas abordam histórias e experiências pessoais, a era digital e a pandemia, período no qual o álbum começou a ser composto.
“Mágoas Passadas” tem música e letra assinadas pelo guitarrista Luciano Garcia e é uma balada punk rock anos 90, nos padrões CPM 22, com influências de Social Distortion, Alkaline Trio e Weezer. Pela primeira vez o CPM usou sintetizadores em uma música e convidou para essa missão Pedro Pelotas que também tocou piano e órgão Hammond.
Um texto de Badaui foi o ponto de partida para a letra de “Dono da Verdade” assinada por ele e Luciano. E a música é a primeira composição gravada pelo CPM e assinada também pelo baixista Ali Zaher Jr.
Com música e letra do guitarrista Luciano Garcia, “Alívio Imediato” é um punk rock com a cara do CPM 22 que traz diferentes influências, de Face to Face a Green Day.
A veloz “Covarde Digital” – parceria de Badaui e Luciano Garcia na letra e música assinada por Luciano, é um recado direto para aqueles que se escondem atrás das redes sociais para propagar o ódio.
“É uma música rápida, bem hardcore, com muita influência de Sick Of It All e Pennywise. E não é rápida só em termos de velocidade, mas também de duração, é uma música para dar um recado direto. Se a carapuça servir, serviu. Senão vida que segue”, diz Badaui.
“Porto Seguro”, faixa que abre o álbum, era originalmente um country blues retirado do baú de composições do guitarrista Luciano que ao transformá-la “num ritmo mais CPM ficou uma ‘prima’ de ‘Combustível’, do álbum Suor e Sacrifício, que por sua vez é uma ‘prima’ de ‘Atordoado’, de 2002”.
Composta à distância durante a pandemia a partir de um texto de Badaui, “Rivais” é uma parceria de Badaui e Luciano e é mais uma com forte influência de Face to Face.
A faixa título, assinada por Badaui e Phil fala de enfrentar as situações e seguir em frente e traz uma bateria mais rápida, “bem na pegada das músicas compostas pelo Phil, com bastante influência de Propagandhi e NOFX”.
“O Phil compõe de um jeito diferente do meu, o que é muito legal porque no final as músicas do álbum se completam”, comenta Luciano.
Na sequência, “Direto e Reto” e “Conselhos” assinadas por Luciano. “’Direto e Reto’ é bem ‘direto e reto’ e nasceu de doideiras da minha cabeça e está aí para cada um dar a sua interpretação. Já ‘Conselhos’ é muito especial para mim porque é um conjunto dos conselhos que estou dando para o meu filho Martin”, conta Luciano.
“O Ano em que a Terra Parou”, composta por Badaui, Phil e Ali, fala da pandemia, os desafios enfrentados, posturas dos governantes e as lições que ficaram desse período turbulento.
“Feriado Punk” relembra as histórias divertidas de Badaui e um grupo de amigos no Punk Rock Bowling, festival em Las Vegas para onde ele viajou dois anos consecutivos.
Luciano, que assina a música lembra, “eu já conhecia algumas dessas histórias e achava muito divertidas, e quando o Badaui mandou o texto para compormos a música, pensei em algo inspirado nesse lado mais cômico do punk, bem no clima Toy Dolls e NOFX”.
Completam o álbum “Nunca se sabe”, “Convicto” e “Urbano”. “Apesar de ter sido a última música que fizemos, não é por isso que ‘Urbano’ fecha o álbum. Em um dia de pré-produção no estúdio, o Badaui lembrou que não tínhamos sentado para compor juntos nenhuma vez. Aí começamos a trabalhar nela ali mesmo, eu finalizei em casa e quando ouvimos o resultado final achamos que tinha cara de fechamento de álbum”, relembra Luciano.
“Esse é um álbum bem punk rock 90. As músicas são muito rápidas, claro que tem variações de levadas, mas a maioria das músicas são rápidas, tem as melodias que a gente sempre gostou de por. E tem mensagens muito positivas nas letras, tem uma abordagem bem interessante de contextos sociais, mas sempre de uma forma muito positiva”, comenta Badaui.
Assinada por Zeca Barban, a capa mostra uma foto da Avenida Sumaré, em São Paulo, e faz uma brincadeira com a grafia do título do álbum com o sentido de enfrentar e seguir em frente.
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