Mick Jagger explica por que é apaixonado pelo streaming

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“A experiência de dirigir um carro nos dias de hoje é bem diferente do que dirigir um carro em 1960”, é com esse exemplo que Mick Jagger mostrou por que é um entusiasta da evolução digital da música. Em uma nova entrevista para a rádio canadense CBC, o vocalista dos Rolling Stones falou sobre o novo disco de sua banda, Hackney Diamonds, e da mudança sofrida pela indústria da música.

Jagger destacou que o mercado musical passou por grandes mudanças ao longo dos anos: “O negócio fonográfico sendo um negócio de tecnologia, nunca mais ficou igual”. Ele deu seu testemunho sobre a revolução na música. Quando começou, discos cheios não vendiam, eram apenas os singles que eram comercializados. “Álbuns de artistas pop não vendiam… O que vendia eram álbuns de shows como South Pacific… [somente] Frank Sinatra podia vender álbuns… E então, de repente, os Beatles surgiram e eles começaram a vender álbuns pop. Então foi uma grande mudança”.

Jagger comentou sobre as vantagens do consumo de música digital: “O streaming, você sabe como é. Mas o interessante é que pessoas de todas as gerações podem acessar músicas de todos os períodos… Antes, se eu quisesse comprar um disco antigo de blues de 1955, isso era muito difícil… Mesmo tendo muito dinheiro, precisei ir até uma loja especializada para comprá-lo. Agora… lá está. Está bem ali”.

O novo disco Hackney Diamonds, que sai no próximo dia 20 de outubro, não é apenas o primeiro trabalho de inéditas dos Rolling Stones em 18 anos, é o primeiro desde que o baterista Charlie Watts morreu em 2021. “Eu o conhecia desde os 19 anos”, diz Jagger sobre seu falecido amigo e companheiro de banda. “Charlie e eu tínhamos muitos interesses além de apenas tocar em uma banda”.

Agora com 80 anos, Jagger tem encontrado dificuldades não apenas por perder amigos, mas também para encontrar amigos que tenham a mesma idade que ele. “À medida que você envelhece, perde muitos amigos. Não quero apenas sair com pessoas mais jovens, mas quero dizer, muitas das pessoas da minha geração não estão mais aqui para sair [com elas], então o que vou fazer?”.