A inteligência artificial (IA) criou uma nova versão de uma música do Pink Floyd analisando a atividade cerebral gravada enquanto as pessoas ouviam o som da banda. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, estudaram gravações de eletrodos que haviam sido implantados cirurgicamente na superfície do cérebro de 29 pessoas para tratar epilepsia.
A atividade cerebral dos participantes foi gravada enquanto ouviam o clássico de 1979 “Another Brick in the Wall (Parte 1)”. Ao comparar os sinais cerebrais com a canção, os pesquisadores identificaram gravações de um subconjunto de eletrodos que estavam fortemente ligados ao tom, melodia, harmonia e ritmo da canção.
Eles então treinaram uma IA para aprender ligações entre a atividade cerebral e esses componentes musicais. A tecnologia gerou uma previsão do trecho de música com base nos sinais cerebrais dos participantes. O espectrograma – uma visualização das ondas de áudio – do clipe gerado por IA foi 43% semelhante ao clipe de música do Pink Floyd.
Confira o trecho original da canção com a faixa obtida através da análise cerebral:
De acordo com o pesquisador Ludovic Bellier, membro da equipe do estudo, os resultados aprofundam a compreensão da ciência de como percebemos o som e como será possível melhorar os dispositivos para pessoas com dificuldades de fala. “Se as IAs puderem usar sinais cerebrais para reconstruir músicas que as pessoas estão imaginando, não apenas ouvindo, essa abordagem pode até ser usada para compor músicas”, ressalta o pesquisador (via New Scientist).
This post was last modified on 21 de agosto de 2023 12:03