Paulo Ricardo faz homenagem a Luiz Schiavon

Redação 89

Paulo Ricardo faz homenagem a Luiz Schiavon Foto: Rui Mendes

O cantor Paulo Ricardo fez na tarde desta quinta-feira (15) uma publicação em suas redes sociais na qual homenageia o seu ex-parceiro de RPM, o tecladista Luiz Schiavon, que teve seu falecimento anunciado hoje, aos 64 anos.

“Conheci Luiz Antônio Schiavon Pereira no verão de 79, num ensaio de um grupo cover de Deep Purple em São Paulo, cujo baterista havia sido indicação minha, meu compadre Lair. Ocorre que no meio do ensaio eles se desentenderam, divididos entre compor ou não em Português”, conta Paulo em sua publicação, relatando o início da parceria de sucesso entre eles.

Como respondeu que “parecia normal cantar em Português no Brasil”, o grupo cover acabou e eles começaram a compor músicas juntos para um repertório que viria a ser do RPM.

Na publicação, estampada por uma foto dos dois, registrada por Rui Mendes, Paulo revela: “Entre milhões de fotos escolhi esta de 1983, quando ainda éramos um duo nos moldes do Eurythmics”. Ele finaliza dizendo: “Ficam as canções, as lembranças maravilhosas de um dos maiores tecladistas do Brasil, meu parceiro, e os meus sentimentos aos fãs, amigos e familiares”.

Confira a íntegra da postagem de Paulo Ricardo:

Luiz Schiavon conheceu o cantor Paulo Ricardo quando ainda eram adolescentes. Foi em 1983 quando eles, depois de algumas experiências musicais juntos, formaram o embrião de uma banda de rock e criaram juntos as suas primeiras canções: “Olhar 43”, “A Cruz e A Espada” e a faixa que batizaria a banda que ali nascia: “Revoluções por Minuto”, o RPM. Eles convidaram o guitarrista Fernando Deluqui, rodaram com alguns baterista, incluindo Charles Gavin, e conseguiram um contrato com a gravadora Sony Music, com o compacto de 1984, que viria com “Louras Geladas”, que virou hit nas FMs e levou a banda a gravar o seu primeiro álbum, que se tornou uma verdadeira febre. O baterista Paulo Pagni “PA” (morto em 2019) foi integrado à banda após o lançamento do disco de estreia.

A gravação de Rádio Pirata ao Vivo consolidou o RPM como um dos maiores nomes do rock nacional, que atingiu um momento mágico entre 1985 e 1986, com a redemocratização do Brasil. Em 1987, a banda passou por um momento de crise, mas retornou no ano seguinte com Quatro Coiotes. A história do RPM é marcada por várias pausas até o ano de 2011. O vocalista Paulo Ricardo não integra a formação atual. Além de Schiavon, o RPM era formado atualmente pelo guitarrista Fernando Deluqui, o baterista Kiko Zara e o vocalista Dioy Pallone.



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