Guitarrista do U2 diz que rock deve renascer no centro da cultura musical em um ou dois anos
Depois de 47 anos como guitarrista do U2, The Edge comentou em uma nova entrevista para o jornal The Telegraph da Inglaterra que toda vez que pensou em cair fora, sempre teve que voltar atrás. Suas ideias só funcionam na presença de uma boa banda de rock, portanto precisa demais de Bono, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. “Vai ser muito difícil acabar com o U2”, diz ele.
Na entrevista, publicada neste sábado (04), o guitarrista ouviu que Songs of Surrender, novo álbum que a banda lança ainda este mês, é visivelmente uma retrospectiva e foi lembrado de uma letra de Rattle and Hum de 1988 (“God Part II”), que diz: “Você glorifica o passado quando o futuro seca”. Ele ri e diz: “Eu não acho que haja qualquer chance de o futuro secar! Eu tenho trabalhado em [outras] coisas novas em paralelo que são muito mais vitais e exigem um som de banda do U2 para fazê-las”.
Em seguida, fez previsões para o futuro do rock: “Eu não tenho certeza se o U2 vai se transformar em AC/DC exatamente. Eu ainda estarei tentando encontrar maneiras de usar o instrumento que são novas e desconhecidas. Mas estou absolutamente convencido de que a guitarra estará na frente e no centro da cultura musical mainstream em um ano ou dois, e eu quero fazer parte desse renascimento”.
O AC/DC citado por The Edge tem relação com uma entrevista que Bono concedeu no final do ano passado ao The New York Times. Ao promover seu livro de memórias Surrender: 40 Songs, One Story, o cantor revelou que estava pensando em fazer um álbum com “muita guitarra ao estilo AC/DC” e que já tinha conversado sobre isso com o guitarrista da banda. “Agora eu quero escrever rock ‘n’ roll, a música mais desafiadora que já escrevemos”, comentou o cantor.
Se depender do entusiasmo de The Edge e Bono, teremos até 2025 o U2 liderando a parada da Billboard com um som ao estilo AC/DC. Será mesmo?