Morrissey manifesta-se contra “satanismo na música pop”
Morrissey voltou a acusar a gravadora Capitol Records de estar sabotando o lançamento de seu novo disco Bonfire of Teenagers em mensagem publicada na noite desta segunda-feira (13) no MorrisseyCentral.Com, seu site oficial, onde regularmente comunica-se com os fãs.
Na mais nova manifestação, o ex-vocal dos Smiths diz: “A Capitol Records (Los Angeles) orgulhosamente promove o ‘satanismo’ de Sam Smith; no entanto, eles consideram a verdade honesta do factual ‘Bonfire of Teenagers’ de Morrissey como sua maior ameaça e eles não vão liberá-lo, apesar de sua obrigação contratual”.
A referência do cantor foi a performance de Sam Smith e Kim Petreas para “Unholy” na cerimônia do Grammy, no início do mês, que deixou os conservadores em pânico moral. Sobre o álbum que ele cita no texto, deveria sair neste mês de fevereiro, mas no final do ano passado revelou que a Capitol se recusou a colocar o projeto no mercado. Além disso, contou aos fãs que Miley Cyrus pediu para ser removida do disco, após colaborar na gravação de uma das faixas.
Essa é apenas a mais nova briga de Morrissey com a indústria da música. Em 2020, ao ser dispensado da gravadora BMG, o cantor culpou a empresa por negligenciar a habilidade musical em favor da aparência. “Ainda é importante para mim fazer música do meu jeito, e eu não gostaria de estar em uma gravadora que dita tão especificamente como seus artistas devem se comportar – especialmente quando a palavra ‘talento’ nunca é mencionada”.
Vale ressaltar que além do encalhado Bonfire Of Teenagers, Morrissey já escreveu um disco de 12 faixas intitulado Without Music the World Dies, que deve ser finalizado ainda este mês. Para ser disponibilizado no mercado, o novíssimo trabalho dependerá de um distribuidor global que entenda, respeite e idolatre esse icônico artista.