Rock in Rio Humanorama destaca a importância do passado e atitudes no presente para construir um futuro melhor
Durante quatro dias, o Rock in Rio Humanorama promove debates acerca de um mundo melhor, através do compartilhamento de ideias. Em seu segundo dia de evento, o festival de conversa proporcionou diversas conexões e experiências, além de muito networking e workshops na parte presencial. Nomes como Samuel Souza, Paulinho Moreira, Karol Lopo, Gustavo Glasser, Luana Genot, Renata Ceribelli, Suzana Pires, Zé Ricardo, MC Carol, entre outros debateram assuntos relevantes para tornar o mundo um lugar melhor. O encerramento do dia ficou por conta do som Indie Pop da banda Maglore.
Curadora do Rock in Rio Humanorama, Michelle Aisenberg ressalta as trocas importantes proporcionadas pelo evento: “Com o Rock in Rio Humanorama queremos mostrar a importância do diálogo com quem possui vivências diferentes da gente, outra visão e opiniões divergentes da nossa, para que possamos nos relacionar melhor. Em 2022, viemos para o espaço presencial, aproximando mais as pessoas umas das outras e criando oportunidades. Esse é o espírito do Rock in Rio Humanorama.”, relata Michelle.
Presencialmente, o público pôde conferir uma conversa sobre pluralidade e prosperidade com Samuel Souza, Grazi Mendes, Raul Juste Lores e Raquel Virginia logo de manhã. Para Samuel Souza, publicitário e comunicador, prosperidade é acompanhada por responsabilidade: “Eu acho que é sempre um ponto legal a se pensar, falando em pluralidade, é que a gente está aqui num espaço de muito privilégio. A grande maioria da população está pensando no que ela vai comer na hora do almoço. Então é a gente que está aqui que vai, por muitas vezes, ser o agente transformador para essa galera que está preocupada com as questões básicas”. Logo depois, Flavio Tavares e Sonia Lessa debateram sobre educação revolutiva buscou despertar os ouvintes para o resgate da humanidade.
Em um papo sobre consumo, Paulinho Moreira, Mariana Moraes, Marcela Porto e Mariana Rico contaram como podemos ser mais sustentáveis e conscientes com o futuro do nosso planeta. Em um dos momentos marcantes, Marcela Porto pontuou: “Não existe bioeconomia sem o bioconsumidor. Esse é um caminho de encontro”. Finalizando o dia, Gustavo Glasser, Victor Lambertucci, Rennan A Julio e Ingrid Barth conversaram sobre empreendedorismo, inovação e diversidade com enfoque à pluralidade, que é um fator essencial também no campo corporativo.
As conexões improváveis continuaram agitando o espaço bar de networking durante todo o dia. Nos dois workshops que aconteceram nesta tarde aconteceram com a Iza Dezon, chamado ‘A Morte dos Mitos’ — que discutiu como grande parte dos nossos padrões comportamentais ainda refletem costumes impostos geracional e ancestralmente –, e com Luiz Telles, intitulado ‘Conciliando a disputa contemporânea de narrativas — refletindo sobre fatores históricos presentes na desigual hegemonia narrativa que dominou os meios massivos de comunicação. Conciliando a disputa contemporânea de narrativas, ao fim do evento, o som Indie Pop da banda Maglore dominou o espaço do Learning Village e animou os presentes.
Para quem acompanhou o evento em formato online, o dia iniciou com Sandra Passarinho, Paula Lampreia, Helena Schargel e Luis Baron em um papo sobre longevidade. “Eu me sinto um sujeito de posse de minha existência, de bem com a minha orientação e de bem com a minha idade. Mas ser uma pessoa idosa LGBTQIA+ não é fácil”, relatou Luis. Em um painel sobre pluralidade, Stephano Volp, Luana Genot, Mariana Rosa e Felipe Cabral falaram sobre transformação e desenvolvimento. Luana acredita na conexão interseccional, “É um favor para si mesmo. Diversidade não é um favor para o outro. Ao se conectar com um novo universo, eu me faço um favor de descobrir um universo que é diferente e que me complementa, me incomoda, mas que me faz expandir meu conhecimento”.
Durante a tarde, Renata Ceribelli falou sobre a chamada Revolução 50+ com Mona Rikumbi e Marcia Monteiro. Em um papo feminista, as mulheres falaram sobre pressão estética dos padrões de beleza cada vez mais irreais, romantização excessiva de uma juventude eterna e tantas outras limitações impostas às mulheres por uma sociedade patriarcal. No embalo do protagonismo feminino, a atriz Suzana Pires, Helena Vieira e Ana Minuto discutiram a respeito da busca pelo empoderamento feminino e igualdade. Encerrando as conversas virtuais, Ze Ricardo, Fabio Tabach, MC Carol e Neguebites partilharam experiências em uma troca sobre a potência da favela.
Amanhã, o evento online conta com uma conversa imperdível com a participação de Ana Paula Araújo sobre Educação. Logo após, Leo Jaime fala sobre as formas de amor com Ana Suy e Milly Lacombe. À tarde, Criolo estará presente em um bate papo cheio de afeto com sua mãe, a Dra. Maria Vilani. Manoel Soares, Midria Pereira e Tamara Klink, duas jovens e um pai, abordam as relações humanas e as práticas de aprender e ensinar às 12:57h. No presencial, Ernesto Paglia e Gustavo Cerbasi estarão presentes no Learning Village para mais um dia de intensas trocas com o público presente.
Pelo segundo ano consecutivo, o Rock in Rio Humanorama será transmitido através da tm1 Live Streaming, premiada plataforma de streaming de eventos que oferece uma série de recursos customizados, como salas de transmissão simultâneas, área de workshops, facilidade de acesso aos conteúdos e ferramentas de acessibilidade e interação entre os usuários.
Sobre o Rock in Rio Humanorama
O Rock in Rio é tanto uma plataforma de comunicação quanto um veículo de emoções e causas. Temos o compromisso de ajudar a construir um mundo melhor, não apenas por meio da música e do entretenimento, mas também por causas sociais e ambientais.
Rock in Rio Humanorama é a lente que traz a visão e os valores do festival para a conversa que acontece além das fronteiras da Cidade do Rock.
Um projeto da Unidade de Aprendizagem do Rock in Rio, tentamos ajudar as pessoas a verem seu papel no mundo de uma forma diferente: com a atitude Rock in Rio.
Ao convidar nosso público a refletir sobre questões urgentes em nossa sociedade, gerando conversas e movimentos, também os conectamos com o espírito do tempo.
Fotos e vídeo: Pamela Espíndola