Nirvana se posiciona contra processo de pornografia infantil na capa de “Nevermind”
Spencer Elden, o rapaz de 30 anos que quando bebê apareceu na capa do álbum Nevermind, do Nirvana, apresentou em setembro deste ano na Justiça de Los Angeles, nos Estados Unidos, um processo contra o Nirvana, a Universal Music Group, a Geffen Records, Kurt Cobain, sua viúva Courtney Love, o fotógrafo e “outros” que, segundo ele, produziram pornografia infantil através da capa do disco, que vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo.
Tendo em vista todo o ocorrido na sessão de fotos e a dimensão que o trabalho ganhou, Elden exige restituição de todos os lucros como resultado da conduta ilegal dos réus, acusados de enriquecimento injusto. O caso repercutiu em todo o mundo e somente agora os réus se posicionaram, segundo noticiou nesta quinta-feira (23) o Digital Music News.
De acordo com a publicação, o Nirvana se moveu oficialmente ao apresentar uma moção na Justiça descrevendo como “não séria” a ideia de que a capa do Nevermind constitui pornografia infantil. Após uma reunião sem um acordo firmado entre as partes no último dia 13 de dezembro, os advogados dos acusados apresentaram um documento no qual descrevem que tanto a “suposta violação do estatuto federal de pornografia infantil” quanto a “suposta violação do estatuto federal de tráfico sexual de crianças” não são aplicáveis no caso.
O texto da defesa destaca ainda que Elden passou três décadas lucrando por ter se tornado uma celebridade com a capa do disco. “Ele reencenou a fotografia em troca de dinheiro, muitas vezes; tatuou o título do álbum ‘Nevermind’ em seu peito; apareceu em um talk show fazendo uma autoparódia; autografou cópias da capa do álbum à venda no eBay; e tem usado a conexão para tentar sair com mulheres”.
A justiça americana deverá se manifestar no mês que vem sobre o caso.