ZZ Top: catálogo de músicas da banda é vendido por 280 milhões de reais

imagem divulgação

O ZZ Top vendeu por aproximadamente US$ 50 milhões, algo em torno de R$ 287 milhões todo o seu catálogo musical para a gravadora BMG e a KKR, que é uma empresa global de investimentos.

A informação é da revista Variety, que explica que a compra inclui o catálogo da banda com todas as canções, sua renda com royalties gravados, bem como royalties de performance.

“Este acordo é uma prova do sucesso, da permanência do poder e da relevância musical contínua do ZZ Top, mas também do poder da nossa parceria com a KKR. Esse acordo aprofunda nossa visão de proporcionar artistas e compositores, não apenas uma saída financeira, mas também um veículo comprometido em respeitar e garantir sua arte”, disse em comunicado o CEO da BMG, Hartwig Masuch.

A discografia do ZZ Top teve início em 1971 e compreende um total de 15 álbuns. A banda é uma das mais influentes na história da música e foi introduzida no Rock and Roll Hall of Fame em 2004.

A formação com Billy Gibbons (guitarra, vocal), Frank Beard (bateria) e Dusty Hill (baixo, teclados, vocais) permaneceu a mesma por mais de 50 anos, até que Hill faleceu em julho deste anos, aos 72 anos. Ele foi substituído para performances ao vivo pelo técnico de guitarra de longa data do grupo, Elwood Francis. O ZZ Top tem agendado uma série de shows para fevereiro nos Estados Unidos.

Venda de catálogos

Esse tipo de negociação envolvendo direitos autorais vem se intensificando desde o ano passado e se mostrando uma opção atraente para músicos veteranos renomados que estão preferindo deixar boas quantias em dinheiro para seus herdeiros, enquanto grupos especializados passam a controlar profissionalmente todas as suas publicações.

Além do ZZ Top, recentemente Bruce Springsteen vendeu os direitos de todo o seu catálogo musical por US$ 500 milhões, cerca de R$ 2,8 bilhões, o que representou a maior negociação já registrada até hoje de um artista sobre direitos autorais. Em dezembro do ano passado, Bob Dylan já tinha vendido seu catálogo por US$ 300 milhões, mais de R$ 1,7 bilhão. Tina Turner, Neil Young, Aerosmith, Stevie Nicks e Red Hot Chili Peppers são outros grandes nomes que já negociaram seus direitos de publicação em troca de grandes quantias de dinheiro.

O investimento em música é algo novo no mercado, mas já chegou ao Brasil. Em julho do ano passado, a fintech de investimento em ativos reais Hurst Capital, passou a oferecer a oportunidade de investir em recebíveis de royalties musicais de obras da nossa MPB ou Rock Nacional. Saiba mais AQUI.