Ethel Gabriel, produtora musical vencedora do Grammy que se tornou uma pioneira para outras mulheres na indústria da música, morreu aos 99 anos. De acordo com o Washington Post, ela faleceu de demência em uma instituição médica em Rochester, Nova York, em 23 de março.
Nascida em 16 de novembro de 1921 na Filadélfia, Pensilvânia, Ethel começou na música ainda criança estudando trombone e formando uma banda de swing local. A carreira dela teve início nos anos 40 quando, ainda na faculdade, arrumou um emprego de secretária dos produtores da RCA Steve Sholes e Herman Diaz Jr, a equipe que contratou Elvis Presley. Quando Diaz ficou doente durante uma sessão, Gabriel assumiu o cargo por ele e rapidamente provou que poderia se tornar uma produtora sozinha.
A partir de 1959, Ethel começou a produzir The Living Strings, tornou o grupo popular e lançou outros similares, ganhando respeito da RCA, que a deixou responsável pela série “o melhor da gravadora”. Nesse mesmo ano,se tornaria a primeira mulher a receber um RIAA Gold Record. Em 1982, levou para casa um Grammy na categoria melhor registro histórico por seu trabalho em The Tommy Dorsey/Frank Sinatra Sessions. Dois anos mais tarde ela se aposentou no posto de vice-presidente da RCA.
Ao todo, Ethel trabalhou no lançamento de mais de 5.000 discos para artistas como Elvis Presley, Perry Cuomo, Dolly Parton e Glenn Miller, entre muitos outros. Nos últimos anos, foi diversas vezes homenageada por seu papel fundamental para as mulheres na indústria da música.