Marvin Costa usa tecnologia da cryptoarte para abordar pautas políticas e sociais no Brasil

Redação 89

Marvin Costa usa tecnologia da cryptoarte para abordar pautas políticas e sociais no Brasil Foto: Bento Costa

O olhar crítico de Marvin Costa sobre a política, o social e a cultura do Brasil atual se encontra com a inventividade do mercado de NFTs em seu novo single e clipe, “Gatilhos”. O músico estreia agora na cryptoarte, que está em franca expansão oferecendo a criadores do mundo todo uma nova forma de financiar seus trabalhos e oferecer aos fãs produtos artísticos exclusivos. A faixa é o próximo passo de seu projeto solo Guevara Songs, que já revelou um EP e, após uma série de singles, lançará seu primeiro álbum.

Além do YouTube, “Gatilhos” está disponível na plataforma OpenSea com itens únicos à venda: um instrumental inédito, um pacote de samples da música, além de vídeos curtos criados por artistas visuais com trilhas originais compostas por Marvin Costa. Conheça a galeria de Guevara Songs AQUI.

A temática de “Gatilhos” se volta para a pauta de costumes, termo que passou a circular pelo noticiário com mais frequência quando o conservadorismo assumiu o comando do país em diversas esferas. A letra reflete sobre as imposições do conceito de família tradicional em uma geração que vive esses dilemas de forma pragmática, sem se importar com rótulos, mas que continua sofrendo para se adequar ao estilo de vida escolhido.

“É uma música sobre libertação. Sobre a última arrama que precisamos desfazer para obter a liberdade, crescer e encontrar novos horizontes ou novas problemáticas da vida adulta. Esses conflitos são o centro da letra da música. Também abordo a falta de vivência dos jovens. O refrão representa a libertação e amadurecimento. Aquele momento que a pessoa percebe que pode fazer o que quiser. Ou quase tudo, pois é nesse momento que outras imposições da sociedade surgem de forma contundente”, explica Marvin.

Em um outro diálogo com os tempos atuais, Guevara Songs faz de “Gatilhos” seu primeiro lançamento voltado para os NFTs – sigla para non-fungible token, ou seja, um token criptográfico que representa algo único. Conceito popularizado no mercado de arte, que já comercializou as mais diversas obras digitais, de gifs a criações 3D, os músicos também entraram nessa que promete ser uma nova opção de monetização para artistas e criadores em geral. Na era do streaming, para os fãs é a oportunidade de adquirir desde itens já consagrados até material extra e de bastidores jamais visto.

Guevara Songs vê no mercado da cryptoarte uma forma de subsistência do músico independente, para além dos grandes astros da música que também já embarcaram nessa onda.

“O NFT é um universo que deve e precisa ser desbravado não apenas por artistas visuais, mas também, pelos músicos. As cryptomoedas já são uma realidade na economia mundial. Nesse momento, é uma oportunidade de vida ao mercado da música, principalmente o independente. Além de oferecer itens fungíveis para seus fãs em lançamentos de singles ou álbuns, o artista pode desenvolver seu próprio ambiente NFT, criando galerias online, tokenizando músicas exclusivas, beats, samples, artes personalizadas e o que mais achar interessante. A ideia de oferecer algo único pode fortalecer conexões com os fãs. Entendo que o NFT é mais apropriado aos artistas independentes, que recebem muito pouco por streams e, atualmente, nenhum centavo de shows por conta da pandemia. O NFT é uma alternativa para que o dinheiro investido no lançamento possa retornar ao artista”, analisa Marvin.



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