Impulsionada pelo streaming, receita da indústria da música atinge seu maior valor neste século
A indústria da música gravada registrou no ano passado uma receita de US$ 21,6 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões), segundo o Relatório Global de Música anual da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI). Os dados revelaram que as receitas cresceram 7,4%.
De acordo com o documento, publicado pela BBC, atualmente mais de 443 milhões de pessoas pagam por uma assinatura de streaming de música. Só no ano passado, mais de 100 milhões de pessoas criaram uma nova conta em algum serviço de streaming. As plataformas digitais representaram 62,1% de todas as receitas, atingindo US$ 13,4 bilhões (cerca de R$ 74 bilhões).
Map Of The Soul: 7, do BTS, foi o álbum mais vendido de 2020, enquanto que “Blinding Lights”, do The Weeknd, foi o single mais comercializado. Os 10 artistas globais “mais populares” e “mais vendidos” de 2020 foram, em ordem descendente: BTS, Taylor Swift, Drake, The Weekend, Billie Eilish, Eminem, Post Malone, Ariana Grande, Juice WRLD e Justin Bieber.
No Brasil, o mercado fonográfico disparou em 2020 e registou sua maior alta desde 1996. Também puxado pelo streaming, a receita de música gravada no país subiu 24,5%, mais que triplo da média global.
“Esses números provam o poder duradouro da música para consolar, curar e levantar nossos espíritos. Algumas coisas são atemporais, como o poder de uma grande canção ou a conexão entre artistas e fãs. Mas algumas coisas mudaram. Com grande parte do mundo em confinamento e a música ao vivo paralisada, em quase todos os cantos do mundo a maioria dos fãs passou a curtir música via streaming”, disse Frances Moore, chefe executiva da IFPI.