Os organizadores de eventos ao vivo no Reino Unido compartilharam opiniões otimistas com a imprensa sobre a possibilidade de realizar festivais a partir de 21 de junho, primeiro dia do verão no Hemisfério Norte. Essa é a data para o final das restrições determinada na semana passada pelo governo britânico.
De acordo com o site da IQ-Mag, os operadores de festivais no Reino Unido estão bastante confiantes de que seus eventos ao ar livre poderão ocorrer com capacidade total. Paul Reed, CEO da Associação de Festivais Independentes da Inglaterra, aposta no retorno. No entanto, diz que o mercado ainda precisa ser melhor orientado. “Ainda há alguns pontos urgentes a serem esclarecidos que precisam ser feitos em torno dos requisitos exatos que os organizadores de festivais precisarão cumprir”, comentou, ressaltando sua preocupação em torno de testes de segurança.
A onda otimista é compartilhada pelos demais festivais que deverão ocorrer no verão inglês, como o Reading & Leeds, Slam Dunk e Festival Republic. Todos eles apostam em bons resultados da vacinação no Reino Unido. O diretor do Republic, Melvin Benn, comentou numa entrevista à NME que a ação conjunta das autoridades sanitárias com os organizadores de entretenimento dá a tranquilidade de que os festivais poderão ocorrer da melhor forma possível. “A indústria sempre fez o que é necessário para criar grandes festivais em um ambiente seguro”, ressaltou.
Enquanto isso, o mercado nos Estados Unidos não tem uma data definida para a volta ao normal, mas acredita que isso poderá ocorrer “muito em breve”. O diretor executivo da Live Nation, Michael Rapino, afirmou para a Music Business Insider, que há a possibilidade, já no segundo semestre, dos eventos ao vivo retornarem ao território norte-americano “com 75% a 100% da capacidade total”. Isso também é fruto dos bons resultados que o governo observa com a vacinação da população.
Na Austrália os eventos ao vivo já retornaram, mesmo que de forma limitada. O Midnight Oil iniciou na semana passada sua turnê nacional com sete shows para plateias limitadas a 120 pessoas, aproveitando-se do fato de que o governo australiano tem sido um dos mais bem-sucedidos do mundo na contenção do novo coronavírus. Na Nova Zelândia, por exemplo, festivais com 20 mil pessoas sem máscaras ou distanciamento social já são possíveis desde a virada de ano.
Aqui no Brasil ainda não é possível saber quando os eventos ao vivo estarão de volta, mas já há uma movimentação animadora nos bastidores que pode acelerar esse processo. A Câmara dos Deputados aprovou recentemente requerimento de urgência para o projeto de lei 5.638 de 2020, que cria o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos). De autoria do deputado Felipe Carreras (PSB-PE), esse PL – que ainda aguarda votação – possibilita que as empresas que o aderirem parcelem débitos com Receita Federal, Ministério da Fazenda e Banco Central, e também os do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), entre outros.
This post was last modified on 1 de março de 2021 12:03