Inteligência artificial busca inspiração nos Beatles e nos Strokes

Redação 89

Inteligência artificial busca inspiração nos Beatles e nos Strokes imagem divulgação

O futuro da música foi seriamente discutido por cientistas neste último fim de semana no SXSW (South by Southwest), festival que une entretenimento e tecnologia e que rola até o dia 17 de março em Austin, no Texas.

O uso da inteligência artificial na criação de músicas, algo que já ocorre desde o início desta década, ganhou debates acalorados porque os computadores estão se mostrando capazes de produzir músicas de forma convincente. Um painel que ganhou destaque na imprensa internacional foi o que abordou o álbum I Am AI, lançado no ano passado pela estrela do YouTube Taryn Southern, que não sabe tocar nenhum instrumento. A artista revelou que começou a gravar suas músicas com a ajuda do Amper, um software de composição musical de inteligência artificial e revelou que, a partir de então, seu trabalho alavancou.

Os cientistas deixam claro que o objetivo é que a inteligência artificial trabalhe apenas como colaboradora dos artistas humanos. Mas fica a dúvida no ar, já que os programas mostram-se muito criativos e conseguem produzir além dos “enlatados eletrônicos” coisas que trafegam pelo jazz, blues e erudito.

E no mundo do rock, um dos experimentos mais interessantes do uso da inteligência artificial partiu de pesquisadores do laboratório Sony CSL, que desenvolveram em 2016 as primeiras músicas totalmente criadas por máquinas no estilo dos Beatles. O software FlowMachines aprendeu a compor a partir de uma amostra gigantesca de músicas e ganhou a influência do quarteto de Liverpool. Confira o resultado:

Outro exemplo de inteligência artificial rock´n´roll vem de uma comunidade de escritores, artistas e desenvolvedores chamada Botinik, que no ano passado divulgou uma música criada através de um algoritmo baseada nas letras dos Strokes.

Os desenvolvedores do Botnik inseriram toda a obra do grupo novaiorquino num programa que analisou a estrutura de composição, resultando na canção que leva o nome de “I Don’t Want To Be There” (saiba mais sobre o projeto AQUI).

Uma banda formada por programadores da cidade de Chicago, que integram o projeto, gravou a composição feita pela inteligência artificial e o resultado pode ser conferido no player abaixo:



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