O Holograma de Franz Zappa vai sair em turnê a partir do mês que vem e neste 1º de março surgiu o primeiro vídeo com a imagem tecnológica do músico, que chegou com discurso crítico. “Eu sou uma pessoa que gosta de fazer o que eu quiser, mesmo se as pessoas gostem ou não. E o que eu faço é projetado para aqueles gostam, não para os que não gostam”, diz a mensagem de Zappa que é retirada de um manifesto seu contra a censura.
Zappa sempre foi um cara que lutou contra os censores e, curiosamente, a produção do show de seu holograma trava uma briga com a Ticketmaster por causa de uma arte que o site de ingressos recusou-se a postar em suas redes sociais, porque apresentava um pinguim com nádegas humanas. A imagem censurada é uma homenagem à canção de 1974 “Penguin In Bondage” de Frank Zappa & The Mothers. A empresa alegou que a imagem é de “conteúdo questionável”.
O holograma de Frank Zappa sairá em turnê a partir de 19 de abril em um show na cidade de Port Chester, Nova York. São 9 datas agendadas nos Estados Unidos e outras 7 pelo território europeu. A Eyellusion, empresa responsável pela tecnologia por trás do holograma, assinou um contrato com representantes da família de Zappa para levar a imagem e voz do artista para um giro mundial e montou a Bizarre World Of Frank Zappa Band, formada por ex-companheiros de palco do músico. Integram o time os guitarristas Ray White e Mike Keneally, o baixista Scott Thunes, o multi-instrumentista Robert Martin, o percussionista Ed Mann e o baterista Joe “Vaultmeister” Travers.
“Vamos passar os limites daquilo que alguém alguma vez viu, holograficamente, em palco”, disse Ahmet Zappa, filho do artista, ao jornal The Guardian no início do ano passado. Segundo ele, seu pai era um futurista e procurava quebrar barreiras, então, levá-lo ao palco depois de morto com a ajuda da tecnologia faz parte desse paradigma.