Em 1988 um grupo paulista entrou em estúdio para gravar a demo de seu segundo álbum para a CBS. O trabalho foi concluído, mas não chegou ao público, foi rescindido o contrato com a gravadora e a banda acabou em 1989. Desde então, não se soube mais onde estava o registro. Essa é a história do novo disco do NAU, reencontrado 30 anos depois por Cilmara Bedaque, lançado agora em todas as plataformas digitais pela Deck.
A banda ganhou rápido reconhecimento tendo à sua frente a cantora e ativista Vange Leonel e ainda é tida como influência. O sucesso de crítica e de público veio com seu primeiro álbum, homônimo, de 1986. Em 1988, Vange, Zique (guitarra), Beto Birger (baixo) e Kuki Stolarski (bateria) registraram o segundo disco, que não foi lançado. A banda acabou no ano seguinte e Vange seguiu sua exitosa carreira solo, incluindo o lançamento do hit “Noite Preta” (1991) que ela assina com Cilmara.
Somente no ano passado, Cilmara, principal letrista do disco e viúva da cantora, encontrou dentro de uma caixa em sua casa o registro perdido de 1988. “A fita estava toda melada e eu não sabia se conseguiria recuperar. Levei então para o Carlinhos Freitas, do Classic Master, que havia trabalhado no primeiro álbum da banda. Ele conseguiu limpar, digitalizar e masterizar a fita para que esse disco chegasse ao público”, conta.
“O Álbum Perdido do NAU” foi gravado por Marcos Mattoli em seu Big Bang Studio (SP) com produção do NAU e Cilmara. Todas as faixas são inéditas, entre elas “Viagem ao Fundo do Mar”, “Me Pega“, Nas Dobras do Universo”, “Blues da Felicidade” e “Séculos & Séculos”.
A capa é uma montagem com fotos, credenciais e ingressos para shows do NAU de trinta anos atrás assinada pelo baixista Beto Birger. O disco não só é uma nova forma de se lembrar do grupo, como também um jeito de ‘conhecê-lo’ novamente.
“O Álbum Perdido do NAU” foi disponibilizado nesta terça-feira (13), nas plataformas digitais. Utilize o player abaixo e ouça:
This post was last modified on 13 de novembro de 2018 12:03