Gibson pede recuperação judicial para concentrar-se na venda de instrumentos
A Gibson Brands, sediada em Nashville, nos Estados Unidos, responsável pelas famosas guitarra de mesmo nome, anunciou nesta terça-feira (01) que entrou com um pedido de recuperação judicial. A empresa trabalha agora em um processo de “reorientação, reorganização e reestruturação” visando encontrar uma saída para uma pilha de dívidas com 26 empresas no valor de 500 milhões de dólares.
O plano é eliminar alguns de seus negócios paralelos e concentrar-se em sua missão original de vender instrumentos musicais. Para isso, os credores concordaram com um novo empréstimo no valor de 135 milhões de dólares para financiar essas mudanças.
O CEO da empresa, Henry Juszkiewicz, esclareceu em um comunicado que esse processo “será virtualmente invisível para os clientes, que poderão continuar contando com a Gibson para a criação de produtos e para um apoio ao cliente sem paralelo”.
“Nos últimos 12 meses, fizemos avanços substanciais por meio de uma reestruturação operacional. Vendemos marcas não essenciais, aumentamos os lucros e reduzimos as demandas de capital de giro”, disse Juszkiewicz.
A Gibson – que também possui e fabrica instrumentos musicais sob várias outras marcas, incluindo a Epiphone, Kramer, Steinberger, Dobro e Baldwin – ainda é uma força em sua indústria, e o foco renovado da empresa em seus negócios de instrumentos pode permitir que explore novas maneiras de atrair fãs de música.
“O nome Gibson é sinônimo de qualidade e as ações de hoje permitirão que as gerações futuras experimentem o som inigualável, o design e a habilidade que nossos funcionários colocam em cada produto da Gibson”, disse Juszkiewicz.
A icônica empresa de guitarras – com 118 anos de mercado – vem mergulhada em dificuldades há pelo menos três anos, quando sua receita anual caiu quase meio bilhão de dólares.