Silversun Pickups: baterista revela para a 89 que vem disco novo por aí

A 89 trocou uma ideia com Christopher Guanlao, baterista da banda californiana Silversun Pickups, que é uma das atrações do Lollapalooza Brasil 2017.

Guanlao adiantou para a 89 que no final do ano o grupo iniciará os trabalhos de produção de seu quinto álbum de estúdio, e que espera que o público brasileiro curta bastante os sons do mais recente álbum da banda Better Nature, que tem o sucesso “Cicadian Rhythm (Last Dance)”.

Figurinha carimbada das edições do Lolapalooza Chihcago, nos Estados Unidos, o Silversun Pickups vai se apresentar pela primeira vez no Brasil. O show dos caras está programado para rolar às 16h do domingo 26 de março, no Palco AXE.

Utilize o player abaixo e ouça a entrevista:

Aqui a transcrição da entrevista com Christopher Guanlao:

89FM: É a primeira vez do Silversun Pickups no Brasil. Quais são as suas expectativas?

CHRISTOPHER: Estamos muito empolgados que finalmente vamos ao Brasil. Estamos há muito tempo na correria, mas nunca fizemos uma turnê na América do Sul. É algo que precisamos fazer! Então quando surgiu a oportunidade, ficamos aliviados. Nos perguntávamos por que ainda não tínhamos ido ao Brasil e outros países sul-americanos. Achamos que deveríamos ter ido antes. Então estamos felizes. Honestamente, não temos uma expectativa específica.

 

89FM: O que você conhece do Brasil?

CHRISTOPHER: Não conheço muito…lembro que assisti a Copa do Mundo no Brasil em 2014 e foi muito divertido (risos). E também as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Mas honestamente não conheço muito do Brasil, nunca estive no país e acredito que nenhum dos meus companheiros de banda esteve. Então vai ser uma experiência totalmente nova para nós.

 

89FM: O Silversun Pickups já tocou em três edições do Lollapalooza em Chicago (Estados Unidos). Na sua opinião, qual é a importância de um festival como o Lollapalooza?

CHRISTOPHER: Acho que o Lollapalooza tem muita história. Eu era uma criança quando o festival começou nos Estados Unidos e foi muito inovador. Não existiam muitos eventos como esse naquela época no país. E agora tem praticamente um festival de música por semana durante o verão no hemisfério norte. Então eu acho que o Lollapalooza abriu muitas portas para os outros festivais como vemos atualmente e tenho conhecimento disso. Sei que foi um dos primeiros festivais de música nos Estados Unidos e eu lembro de frequentar quando eu era criança. Fui na terceira edição. Então hoje eu ter a oportunidade de tocar no festival em Chicago algumas vezes é algo muito importante para mim. E acho ótimo que tenha saído dos Estados Unidos e hoje também acontecer na América do Sul.

 

89FM: Vocês estão preparando algo especial para a apresentação no Lollapalloza Brasil 2017?

CHRISTOPHER: Como nunca tocamos no Brasil, qualquer coisa vai ser especial e novo (risos). Vamos tocar algumas músicas do nosso mais recente álbum, o Better Nature e com certeza nossas músicas mais antigas e vamos ter tudo misturado. É uma forma de mostrar o catálogo musical da banda.

 

89FM: Como você se prepara antes de um show? Tem algum tipo de ritual?

CHRISTOPHER: (risos) Da banda, eu sou o único que tem uma forma de ritual. Faço muitos alongamentos e Ioga. Acho que ajuda a criar uma energia melhor. Eu sou um pouco supersticioso: se eu não fizer alguns alongamentos específicos, se eu não me aquecer para o show de determinada forma, bagunça a minha cabeça. Então eu tenho um pequeno ritual. Os outros integrantes da banda fazem as coisas deles. A Nikki também tem um pequeno ritual. Ela gosta de arrumar o cabelo e se maquiar quinze minutos antes do show (risos).

 

89FM: Como que foi a turnê com o Muse e quais são as expectativas para a turnê que vão fazer com o Third Eye Blind?

CHRISTOPHER: Nós tivemos ótimos momentos com o Muse. Eles são muito legais! Era uma das bandas que queríamos conhecer. Foi muito bom ter a oportunidade de abrir as apresentações deles. Os shows deles são incríveis! Todas as noites eu achava maravilhoso. Não ficam cansativos. Em relação ao Third Eye Blind, nós não sabemos muitas coisas, mas temos muito respeito por eles. Estão na estrada há muito tempo. Meu sentimento por eles é algo parecido com o que eu senti pelo Lollapalooza. Escutava com frequência as músicas deles no rádio quando eu era mais jovem. Então ter a oportunidade de abrir o show é algo que me emociona bastante. É muito bom e também estamos empolgados para isso.
89FM: Para você o que significa o mais recente álbum do Silversun Pickups, o Better Nature, e a música “Cicadian Rhythm (Last Dance)”?

CHRISTOPHER: O álbum em geral é basicamente o que diz o título: uma natureza melhor. É tentar encontrar a melhor parte de você e tentar fazer isso aparecer mais que a parte não tão boa. É como deixar a sua melhor parte na frente e demonstrar e inspirar isso. Isso é muito importante, principalmente agora com o que está acontecendo na política dos Estados Unidos. Acho que agora, como americanos, todos precisamos usar a nossa melhor parte e deixar de lado a nossa pior. Essa é a ideia geral do Better Nature. “Cicadian Rhythm (Last Dance)” é uma música muito especial para nós porque é dedicada para um fã nosso que faleceu há uns dois anos. Ele nos incentivava muito, ia aos nossos shows e era um bom amigo. Quando estávamos escrevendo a letra da música, resolvemos dedicar a ele. Então a música é um pouco sobre seguir em frente. É triste, mas todas as vezes que tocamos a música pensamos no nosso amigo. Isso é bom.

 

89FM: Quais são os próximos planos do Silversun Pickups?

CHRISTOPHER: Com certeza neste ano a turnê vai ser longa (risos). Talvez nos intervalos entre os shows a gente pode começar a pensar em um novo álbum e também a compor e pensar com quem a gente quer trabalhar e o que vamos fazer desta vez. Então pode ser que no fim do ano a gente comece a trabalhar em um novo álbum.

 

89FM: O que mudou na sua vida depois que você entrou para o Silversun Pickups?

CHRISTOPHER: Acho que muitas coisas mudaram. Sair bastante em turnê e viajar pelo mundo é muito bom para mim e para todos nós. Antes da banda, eu conhecia poucos lugares. Então agora viajar pelo mundo e conhecer lugares que eu nunca pensei que um dia iria estar é maravilhoso! Agora eu praticamente conheço o mundo por conta disso. Nunca fui intolerante, mas isso só me ajudou a saber que existem outros mundos além do meu. Outras culturas, outros tipos de vidas que eu não sabia que existiam. Acho que isso mudou minha vida e me deixou com a mente mais aberta. E me fez perceber o quão pequena é a minha vida (risos). Todos têm sua própria vida e o seu próprio mundo e faz pensar em quem você é. Falando novamente sobre o álbum, é um jeito de encontrar sua melhor natureza, a melhor parte de você.

 

89FM: Você é um grande fã de Star Wars, certo?

CHRISTOPHER: Sim, muito fã (risos)! Eu e o Brian somos nerds nisso.

 

89FM: Qual é a sua opinião sobre os novos filmes? E tem alguma história engraçada envolvendo Star Wars?

CHRISTOPHER: Eu amei Rogue One! É maravilhoso! E gostamos muito do Star Wars VII – O Despertar da Força. A expectativa está no filme do Han Solo (risos). Vai ser difícil ver outra pessoa interpretando o Han Solo sem ser o Harrisson Ford. Isso será interessante. Mas eu acredito que vai ser bom. Rogue One foi maravilhoso e mostra que eles conseguiram fugir da história principal dos filmes e fazer algo muito legal com isso. Estou empolgado para ver o Último Jedi. Será incrível. Uma história engraçada sobre Star Wars é que se você falar com o Brian ele vai dizer que não aconteceu. Mas vamos assistir The Phantom Anus no fim de semana. Temos um amigo que tem tudo de Star Wars e sempre chega uma hora que infelizmente temos que assistir Star Whores – The Phantom Anus (risos).

 

89FM: Se você pudesse escolher um personagem para ser no Star Wars, quem você escolheria?

CHRISTOPHER: Eu gostaria de ser o Chewbacca! Ele é ótimo. Eu adoro o fato que as pessoas têm medo dele, mas ele é tranquilo e legal. Então eu adoraria ser o Chewbacca.

 

This post was last modified on 8 de março de 2017 12:03

Redação 89: