89 fala com Albert Hammond Jr

Redação 89

89 fala com Albert Hammond Jr imagem divulgação

A 89 entrevistou o guitarrista da banda Strokes, Albert Hammond Jr, atração do festival Lollapalooza 2016.

O músico já esteve no Brasil algumas vezes, mas este ano será mais especial pois será a estreia do seu mais recente álbum, “Momentary Masters”, em uma turnê na America Latina.

Utilize o player abaixo e ouça a entrevista completa da 89:

E aqui a transcrição do nosso papo com o Albert Hammond Jr:

Você já esteve no Brasil algumas vezes. O que você lembra do Brasil?

Eu lembro que tem pessoas maravilhosas. E mal posso esperar para voltar para o Brasil.

E o que podemos esperar no show que você vai fazer no Lollapalooza Brasil 2016?

Não sei exatamente. Não crio muitas expectativas, não sei como controlar isso. Mas estou empolgado por poder ir até a América do Sul e fazer a turnê do meu mais recente álbum. É algo que nunca fiz, e quero compartilhar. Tenho sorte por ter a chance de tocar nesse grande festival.

Você sente alguma pressão ou se sente mais à vontade se apresentando na carreira solo, onde você é o principal no palco e centro de atenção da maioria das pessoas?

Não encaro isso como um lugar onde todas as pessoas ficam me encarando. Estou para mostrar as pessoas alguma coisa. Acho que sempre tem uma pressão quando você está tentando fazer algo que você acredita, ama e tem uma paixão por isso. Acho que isso é uma coisa positiva. Sinto que é uma pressão boa. Eu adoro estar no palco. Mesmo tendo alguns pontos durante esse processo de tocar ao vivo que eu não gosto de fazer, no geral eu gosto de tudo isso.

Você já chegou a tocar Buzzcocks e Misfits em alguns shows. Você escuta muito bandas de punk rock?

Não sei…essa é uma boa pergunta. Eu quero dizer não pelo fato de gostar das variedades que existem na música. E gosto muito de coisas diferentes, de tempos diferentes. Buzzcocks, Misftis, Wire, Steve Moore e Wipers são bandas que comecei a ouvir há três anos. O tipo de som que eu faço não é muito parecido com o deles, mas eles têm uma empolgação que eu queria trazer para as coisas que eu estava fazendo. Então existe uma conexão.

O seu pai, Albert Hammond, também é músico e fez sucesso com a música “It Never Rains In Southern California”. O quanto ele te influenciou como músico?

Não sei se ele me influenciou muito. Eu me apaixonei pela música através do Buddy Holly. Não sei se fiz isso sozinho ou se alguém me apresentou o trabalho dele. Eu acho importante ter feito algo assim para eu ter o meu próprio som. Acho que por isso que eu tento ter certeza que eu estava fazendo algo que eu amava e que não estava fazendo isso só para ser famoso. Eu agradeço o meu pai por ter me ajudado nessa parte, para eu fazer algo que eu realmente amo fazer. Acho que ele não ficou nervoso ou com medo de acontecer algo, até porque ele já passou por muitas coisas.

Você acha que o seu trabalho, tanto com o Strokes como o solo, influencia as bandas que surgiram depois de vocês?

Escuto algumas dessas bandas, mas não sei se vou saber responder isso.

Tem alguma banda nova que você gosta?

Sim, tem algumas, mas não vou saber te responder agora.

E sobre o futuro, o que podemos esperar? Um álbum solo, com Strokes, ou até outro projeto?

Com certeza eu vou fazer outro álbum solo. Comecei a escrever e compor algumas músicas novas nos meus momentos de folga. Depois vou começar a juntar tudo que eu já tenho e continuar compondo também. É uma coisa que eu penso no momento, mas não tenho certeza do que vai acontecer.

Você apenas está compondo músicas para um novo álbum solo ou também está compondo músicas com o Strokes?

(Não responde nada).

Você é um grande fã do trabalho do David Bowie, certo? O quanto ele te influenciou?

É difícil ter uma precisão disso. Mas eu lembro que a primeira vez que eu ouvi as músicas da carreira do David Bowie. Quando você é novo você tenta achar alguma maneira de expressar o que está na sua cabeça. E quando você ouve algo como a música do David Bowie, você pensa “É isso. Eu quero fazer isso”. Essas pessoas nos inspiram a ser melhores. Nos dão esperança ao mesmo tempo que fazem o que querem sem ter apenas a preocupação de ser um músico conhecido. E ele fez isso muito bem.



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