89 ouve Thom Green, baterista do Alt J
A 89 A Rádio Rock teve um bate-papo exclusivo com o Thom Green, baterista do Alt J, que se apresenta no Lollapalooza Brasil 2015 no dia 28 de março, no Autódromo de Interlagos, com promoção da 89. O Alt J é uma banda de 2007 formada em Leeds, na Inglaterra, por amigos de faculdade. Confira a conversa que tivemos com o Thom Green.
Essa é a primeira vez que o Alt-J vem para o Brasil?
Sim, é a primeira vez que vamos tocar no Brasil! Nunca estivemos no Brasil e estou muito empolgado para o show. Espero que esteja calor. Não sei ao certo como é o tempo no Brasil em março. Estou animado para tocar para os nossos fãs brasileiros que estão ansiosos para nos ver.
Vocês estão preparando algo especial para o show em São Paulo no Lollapalooza?
Nós temos algumas músicas que ainda não lançamos oficialmente que vamos tocar nos shows. Nós temos uma performance de luzes ao vivo que eu considero incrível, que acredito que vai ser especial.
Vocês estão preparando um novo álbum?
Não vamos lançar nada até o ano que vem. Faz poucos meses que lançamos o “This Is All Yours”, nosso mais recente álbum. Por enquanto vamos continuar apenas com a turnê.
O que você conhece do Brasil?
Apenas o que eu vi na TV, como o futebol e alguns festivais de música no Brasil que são transmitidos mundialmente. Estou curioso para conhecer o Brasil e outras culturas que eu não conheço muito bem.
Das bandas novas de rock, qual te agrada?
Gosto de uma banda que está conosco em turnê chamada “Gengahr”. Eles são muito bons. Tem um som melancólico. Também tem uma banda francesa chamada “Adeya”. O álbum deles está sendo lançado enquanto estamos conversando. São duas irmãs gêmeas que fazem um som muito bom! E eu escuto bastante música eletrônica também.
O que significa a música “Left Hand Free” pra você?
“Left Hand Free” é uma música divertida. Ela não parece muito com as outras músicas do Alt-J. Ela é um pouco mais do “rock cru” em comparação às outras músicas que estamos acostumados a fazer. Estávamos nos divertindo e tocando sem preocupações, quando surgiu a melodia do que seria “Left Hand Free”, e os caras começaram a escrever a letra em cima disso e aí surgiu a música. Acabou sendo uma surpresa. A gente se diverte tocando “Left Hand Free” e as pessoas gostam da música…realmente é muito divertido tocá-la!
Quem escolheu o nome “Alt-J” para a banda?
Gwil Sainsbury, nosso baixista e guitarrista, que escolheu o nome Alt J para a banda. Ele estava vendo quais atalhos existem nos computadores da marca Mac, e descobriu que poderia criar um triângulo pressionando “Alt + J”. E como precisávamos de um nome para a banda, concordamos em nos chamar “Alt J”, que é um nome que soa legal para uma banda.
O que podemos esperar do Alt J para os próximos anos?
Temos uma turnê extensa em 2015. Vamos tocar em muitos shows ao longo do ano e gravar alguns videoclipes para algumas músicas. Depois que acabar a turnê, vamos escrever novas músicas e começar a trabalhar no nosso terceiro álbum.
E como baterista, quais são as suas principais influências?
Sou muito fã do Deftones. O baterista deles, o Abe Cunningham, me influenciou muito. O Travis Barker, baterista do Blink 182, também foi uma das minhas grandes influências. Ele é muito técnico e muito rápido. Stewart Copeland, do Police, também é muito bom. Dave Grohl também. Quando parei para analisa-lo como baterista, percebi o quão bom ele é. O álbum “In Utero”, que ele lançou com o Nirvana em 1993, é fantástico. Eu gosto bastante das batidas de música eletrônica também.
Qual é a sensação de viajar para tocar música. Era o seu sonho?
Eu nunca tinha pensado muito nisso. A gente sempre se concentrou mais na composição. Tocar as músicas para o público estava em segundo plano. Nós nunca pensamos em como iríamos tocar ao vivo, sempre pensamos em como iríamos gravar as músicas que estávamos criando. Então, quando percebemos, estávamos fazendo shows e gostamos disso.
Ouça aqui a entrevista: