Integrantes do grupo Pussy Riot processam governo russo

Willian Maier

Integrantes do grupo Pussy Riot processam governo russo imagem divulgação

Duas integrantes da banda de punk rock Pussy Riot estão processando a Rússia na Corte Europeia de Direitos Humanos, alegando tortura e violação de direitos humanos.

As ações foram apresentadas por Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova, presas depois de fazerem uma “oração punk” contra o presidente Vladimir Putin na Catedral de Cristo Salvador.

Elas exigem uma compensação de 120.000 euros (cerca de 359.000 reais) cada uma, além de 10.000 euros (quase 30.000 reais) para os gastos com advogados.

As duas foram presas em março de 2012 e condenadas cinco meses depois a dois anos de prisão. Acabaram sendo libertadas em dezembro de 2013, após Putin conceder uma anistia a ativistas e opositores, no que foi interpretado como um esforço para melhorar a imagem do país no exterior antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, realizados na cidade de Sochi.

“Elas não tiveram direito a um julgamento justo na Rússia e, por isso, recorreram à Corte Europeia de Direitos Humanos”, disse ao jornal The Guardian Pavel Chikov, chefe de um grupo de direitos humanos que vai representar as ativistas no processo.

Em uma resposta de 35 páginas enviada à Corte Europeia em junho deste ano, o governo russo disse que os questionamentos sobre o seu sistema judicial são “obviamente infundados”.



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